sexta-feira, 20 de maio de 2011

Reinventando as empresas de Telecom

Bandwidth War III - O império contra-ataca. Será?!?

Bandwidth War

Segundo as últimas projeções (Gartner, Ovum, Informa e Yankee Group), a Receita das empresas tradicionais de telecomunicações crescerá 10,7% entre 2010 e 2014. No entanto, o Consumo de Dados, que em 2010 atingiu a ordem dos 20 Exabytes mensais, atingirá em 2015 a casa dos 86,5 Exabytes – uma alta de 324% (1 Exabyte = 1024 Petabytes, e 1 Petabyte = 1024 Terabytes).

Este crescimento é facilmente explicado pela revolução, nada silenciosa, do Consumo de Dados via dispositivos móveis, que passará por um crescimento ainda mais vertiginoso: 3.150%, saindo de 0,2 Exabytes mensais para 6,3 Exabytes. Isso se explica também pelo aumento de 221% na quantidade de Notebooks e Smartdevices conectados à Internet móvel. Em 2015, teremos 2,5 bilhões deles, sendo 50% de Smartphones, 25% de Noteboks e Tablets, e outros 25% de medidores (de água e de luz, por exemplo), Consoles de Games, carros, casas inteligentes, entre outros.

Como, então, as operadoras conseguirão suprir a demanda, cada vez maior, se não tiverem dinheiro para investir? E como satisfazer um cliente cada vez mais exigente, que pouco fala, mas muito navega, e que personaliza o smartphone, enchendo-o de aplicativos, mas não abre mão da simplicidade, na hora do suporte técnico? As Telcos, de fato, não vêm se saindo bem – basta ver que, nos últimos dois anos, 40% dos usuários trocaram de operadora (Churn) – e, pelo o que está por vir, as dificuldades para manter a satisfação e fidelização do cliente só tendem a aumentar.

O que fazer?

As operadoras terão de reduzir custos e monetizar a rede. Cada uma, no entanto, trilhará um caminho diferente, já que, embora existam pelo menos três principais alternativas, só será possível concentrar-se em uma delas.

Modelo 1 - “Marketing Machines”, cujo foco é a experiência do usuário, ofereceria planos avançados de dados e suporte técnico flexível – atuando em diversas mídias. Neste caso, o investimento em publicidade será alto e o objetivo é o de redução do Churn, ou seja, fidelização por meio da venda de pacotes mais abrangentes de serviços de telecom.

O principal objetivo é entender o cliente e fornecer diversas opções de pacotes de serviço para atendê-lo, quase que "individualmente".

Exemplos deste caso: AT&T e Vodafone.

Modelo 2 – VAN (Value Added Networks), cujo foco é o de agregar valor à rede, com serviços exclusivos. A Sprint, optante por este modelo, é conhecida por seu 4G e pelo serviço de música por streaming. Uma excelente analogia à abordagem das "VAN ou as novas Redes de Valor Agregado" é o exemplo de atuação do Facebook, que embora não seja da área, ao lançar produtos e entrar em novos mercados – como o Places, de geolocalização, ou o Deals, de Compras Coletivas – não perde seu foco principal, ou seja, seu DNA de Rede Social, que não é alterado, mas ampliado.

Assim, as empresas desse modelo devem seguir um processo de verticalização.

Exemplo deste caso: Sprint.

Modelo 3 - "Commodity Pure Players", neste caso, o caminho a seguir não tem como foco o usuário final, mas sim as empresas que oferecem planos de Internet móvel.

Os fatores de sucesso desta estratégia são: escala, eficiência e monitoramento constante. Neste cenário, operam companhias como a australiana NBN Co e a americana LightSquared, que desenvolvem a infraestrutura para conexões da próxima geração – LTE e GPON, por exemplo. Contam, geralmente, com incentivos federais, já que suas atividades podem melhorar a rede de todo um país.

Exemplos deste caso: NBN Co e LightSquared.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Olá,
na minha humilde opinião...
são negocios diferentes...
os provedores de acesso terão que ajustar seus preços para acomodar o consumo de banda....
hotspots de acesso gratuito, e tv a cabo são players...
as telecoms terão impacto, assim como hove com a industria fonografica, logo mais editorial...e a bola da vez é a telecom. o governo vai proteger o que puder, mas o impacto é inevitavel.

sds,
ps: não teremos as cias eletricas como player (apesar de possivel), o mundo caminha para o 4g (provavelmente wi-max)