Cada vez mais, o Video on Demand ocupa seu espaço frente a TV, seja por Assinatura, seja aberta.
A televisão vai dividir agora espaço com qualquer outra tela conectada à Internet.
Os dois principais canais de Filmes e Séries do país, a rede Telecine e a HBO --que disputam os cerca de 14 milhões de assinantes de TV por assinatura do Brasil-- disponibilizarão seu conteúdo na web para o público assistir às atrações quando quiser.
A lógica de ambos (Play e Go) é ampliar as plataformas de quem paga para assistir aos filmes e séries na TV.
Em agosto, os cerca de 2 milhões de assinantes dos pacotes de dez canais HBO na televisão vão poder assistir às produções originais deles em qualquer computador pelo serviço HBO Go.
A tecnologia para acessar o serviço em outros dispositivos, como iPad, iPhone e iPod ou aparelhos que têm o Android como sistema operacional, será disponibilizada até o fim do ano.
O cardápio do Go inclui cerca de 1.000 títulos, desde o último episódio de "True Blood" --que estará disponível sempre na manhã seguinte à exibição na TV-- ao acervo de filmes próprios da HBO, que tem produções como "Game Change", em que Julianne Moore ("Ensaio sobre a Cegueira") interpreta a política americana Sarah Palin, ex-candidata à Presidência dos Estados Unidos.
"É um serviço adicional para agregar valor à assinatura dos nossos canais", explica Miguel Oliva, diretor da HBO.
O Brasil será o primeiro país da América Latina a testar o Go, já disponível nos Estados Unidos e em alguns países da Ásia.
Segundo Oliva, a ideia do serviço, restrito aos assinantes do pacote de TV, nunca foi desvincular os conteúdos do canal, mas responder a uma mudança de hábito entre seus consumidores, também usuários de Internet.
CONCORRÊNCIA
Os 3 milhões de assinantes dos seis canais Telecine vão ter outros 1.000 títulos disponíveis para do menu de programação na Internet, no serviço chamado de Telecine Play, lançado nesta quarta (25/jul).
Por enquanto, o acervo só estará acessível para computadores --ainda não há data para outros dispositivos.
Essa é uma tendência mundial que desembarcou no país no ano passado com o crescimento do site brasileiro Netmovies e a chegada do americano Netflix.
Os dois oferecem um menu com filmes e séries on-line, a partir de assinatura mensal. Em nove meses de atuação no país, o Netflix, que tem o Brasil como principal mercado na América Latina, alcançou 1 milhão de assinantes latinos.
Para Nelson Hoineff, presidente do Instituto de Estudos de Televisão, o Brasil demorou para entrar na nova onda de programação televisiva fora da televisão.
Agora, então, seria o momento da TV paga fidelizar seus novos consumidores em outras plataformas.
"As operadoras tiveram um crescimento neste primeiro semestre de 14,8%. E elas estão 'amarrando' os clientes ao oferecer sinal de TV, telefone e Internet ao mesmo tempo", ele explica.
Ao oferecer serviços múltiplos, esse tipo de iniciativa fez mudar o consumo de conteúdos audiovisuais.
"A organização da TV, com a grade fixa, é engessada, ultrapassada e anacrônica. A geração virtual vê o que quer, na hora que quer e como quer. A Internet é a ferramenta do novo consumidor", diz o especialista.
Fonte: Folha de São Paulo
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